terça-feira, janeiro 19, 2010




Em quem votar para governador em 2010?


Os eleitores brasilienses enfrentam uma crise neste ano. Mas não é a crise da caixa de pandora. É a crise da urna. Da falta de candidato para governador. José Roberto Arruda, pivô das acusações do chamado mensalão não mais poderá se candidatar, e com ele, se afundando cada vez mais na lama a cada notícia na imprensa, está o seu vice, Paulo Octávio. Em meio desse grande escândalo nacional, poderia surgir um herói distrital, imaculado,  a fim de provar que nós eleitores não estamos desamparados. P.O poderia ser um. Apresentador, empresário bem sucedido, rosto de bom moço, aceitou ser vice para não causar atrito dentro do partido, contudo, o que vimos é que o dito mocinho foi levado pela tsunami de politicagem descarada que varreu o DF. Na câmara Legislativa, a coisa cheira mais mau ainda, como se pudesse. Parece mais uma associação em busca de interesses pessoais do que um órgão legislativo. O que vemos nos políticos do DF é uma verdadeira revoada de amadores. Ser político é lutar pelo interesse da coletividade, mas essa teoria não se aplica aqui em brasília. O que vemos por aqui é políticos empresários, companheiros de outros políticos, representante de determinado grupo social. É claro, isso acontece infelizmente em todo o brasil. Mas aqui no DF isso enoja! Será que somos nós eleitores que não sabemos escolher verdadeiros políticos ou é a oferta de políticos que não está em boa qualidade? Qual seja a resposta, estamos mesmo expostos ao ridículo. 

sexta-feira, janeiro 08, 2010




A CRISE É NO POVO BRASILEIRO

Houve época em nosso país em que os estudantes não eram apenas estudantes, metalúrgicos apenas metalúrgicos. Tinham ideais em comum. Os cidadãos lutavam por uma democratização que parecia utópica. Mas lutaram. Saudades de uma época que não vivi! Na democracia hodierna, temos novos estudantes e novos metalúrgicos, não como antes. A esquerda tão ferrenha, daquela época, hoje chegou ao poder. E novos paradoxos nos desafiam. Não vemos tantas agitações nas ruas como antes, será que ficamos mais civilizados ou mais tolerantes com o intolerável? Cadê os apitaços? Qualquer deslize naquela época era motivo para um alto e sonoro FORA! A corrupção não é moderna. Ela não mudou. Quem mudou fomos nós. Nossos políticos dizem; “ Eu não sabia...” e nós aceitamos. Há quem os apóiam e os transformam em coitadinhos. O que está acontecendo com nosso senso crítico? Eles estão nos empurrando uma cultura em que não precisamos mais manifestar. E manifestar não é tão somente pintar o rosto e por um apito na boca.  Manifestar é combater com idéias, ter um senso formado sobre a política, é exprimir sua satisfação com aquele político nas urnas. Mas não, essa nova cultura que nos afeta e ata nossas mãos, diz para não nos preocuparmos mais. São todos iguais mesmo, não é? O Presidente do senado erra, alguns senadores o defendem, o Presidente da República o apóia e o povo brasileiro se cala! Está tudo bem! É sério, tudo bem.
Erick L. Sudré, Publicado no jornal O UNIVERSITÁRIO do mês 10 de 2009